sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Crônica

            Só me lembro quando o navio afundou. Tinha chegado ao litoral, levantei-me da areia e não encontrei ninguém a minha volta, todos deveriam estar mortos, todos haviam ido comigo por ondem de Pedro, meu incrível chefe. 
           Sai do navio e me deparei com um lugar que nunca tinha visto.Um lugar extraordinário, cheio de maravilhas que nunca pensei que existe. Culturas diferentes, pessoas diferentes e até mesmo comidas diferentes. As pessoas andavam por aquele lugar com o que conhecemos aqui de roupão de banho, mas o mais estranho é que todos os roupões que as pessoas usavam contia um símbolo. Decidi perguntar o por que dos roupões terem um símbolo, porém para a minha surpresa eles não entendiam e invés de falarem eles faziam sinais.
           Decidi escrever uma carta para meu chefe, para lhe dizer o que havia ocorrido no navio, se poderiam me buscar e também para lhe dizer as coisais maravilhosas que estou vivendo por aqui. Comecei a lhe escrever a carta: " Vossa senhoria, queria que soubesse dos ocorridos que aconteceram desde que cheguei em uma terra não conhecida. Primeira delas foi que o navio que me trouxe até esta terra afundou, todos os passageiros morreram menos eu. A segunda é que para voltar para casa preciso de um meio de transporte. E a ultima é que esse lugar é maravilhoso, culturas diferentes, pessoas diferentes, comidas diferentes, tudo, acho que você iria gostar de conhecer esse lugar. Tudo por onde passo é lindo!"

segunda-feira, 3 de junho de 2013


“Se eu não a tenho, ela me tem”
autor: Arnaut Daniel (trad. de Augusto de Campos)


Se eu não a tenho, ela me tem
o tempo todo preso, Amor,
e tolo e sábio, alegre e triste,
eu sofro e não dou troco.
É indefeso quem ama.
Amor comanda
à escravidão mais branda
e assim me rendo,
sofrendo,
à dura lida
que me é deferida.
[...]

É tal a luz que dela vem
que até me aqueço nessa dor
sem outro sol que me conquiste,
mas no sol ou no fogo
não digo quem me inflama.
O olhar me abranda,
só os olhos têm vianda,
e a ela vendo
vou tendo
mais distendida
minha sobrevida.
[...]

Eu sei cantar como ninguém mas
meu saber perde o sabor
se ela me nega o que me assiste.
Vejo-a só, não a toco,
mas sempre que me chama
para ela anda
meu corpo, sem demanda,
e sempre atendo,
sabendo
que ela me olvida / e apaga merecida.





1) Já no 1° verso mostra-se relação entre o eu lírico e a pessoa amada, que relação é essa?
R = Uma relação que um ama e não é correspondido. O trovador não à tem porém a Dama tem ele porque o seu coração (do trovador) pertence a ela.

2) E como você caracteriza, ao longo de todo o poema, o eu lírico? E a dama?
R = O eu lírico é carinhoso, apaixonado, vai atrás de sua amada mesmo que não o queira. A dama é uma mulher insensível e que não corresponde o amor do trovador.

3) O termo "sol" no terceiro e no quarto verso da segunda estrofe tem dois sentidos. Quais são eles?
R = Do primeiro verso o sentido do termo "sol" é que o trovador não tem alguma pessoa que sente algo intenso por ele. E no segundo verso o sentido do termo "sol" ou no fogo não há amor.

4) Um trovador jamais revela o nome da dama a quem compunha suas canções. Qual é o verso da segunda estrofe onde está explícito esse impedimento?
R = Está no quinto verso: "não digo quem me inflama."

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Linha do Tempo


Fazer uma linha do tempo sobre algo que você goste e aprecie atualmente:

Tema: Voleibol



1998                   2000                2003               2005                2007
   '--------------------'-------------------'-----------------'------------------'---------------------->
Nascimento         Primeiro         Começo         Primeiro         Campeã Estadual
                       campeonato       a jogar        campeonato      Campeã Copa POA
                           visto               volêi           (7 anos)      




      2009                       2010                    2011                   2013
--------'------------------------'---------------------'---------------------'------------------------->
Campeã Estadual           Vice Campeã      Vice Campeã        3° lugar Copa Mercosul
Campeã Copa POA        Copa RS e POA    Copa POA e RS      3° lugar Copa POA
Campeã Copa RS                                   3° lugar Campe-
                                                           nato Brasileiro








quinta-feira, 2 de maio de 2013

Correção da prova de Literatura

Correção da prova




01. (FUVEST) Sobre o poema, "Macumba de Pai Zusé", é correto afirmar que:
(A) emprega-se a modalidade do poema-piada, típica da década de 20, com o fim de satirizar os costumes populares.
(B) usam-se os recursos sonoros (ritmo e metro regulares, redondilha menos) para representar a cultura branca, e os recursos visuais (imagens, cores), para caracterizar a religião afro-brasileira.
(C) mesclam-se duas variedades linguísticas: uma que se aproxima da língua escrita culta e outra que mimetiza uma modalidade da língua oral, popular.
(D) manifesta-se a contradição entre dois tipos de práticas religiosas, representadas pelas oposições negro x branco, macumba x pai do santo, nego véio x Encantado.
(E) expressa-se a tendência modernista de encarar a cultura popular como manifestação do atraso nacional, a ser superado pela modernização.


02. (FUVEST) Em relação às imagens que compõem a figura feminina em "Tereza", só não se pode afirmar que:
(A) acentuam realisticamente os aspectos grotescos da mulher.
(B) destacam o estranhamento sentido pelo eu-lírico diante de uma visão surpreendente.
(C) constituem deliberado deboche das imagens consagradas pela literatura tradicional.
(D) dessacralizam o ideal de amor arrebatador.
(E) podem ser atribuídas á iconoclasta dos modernistas de 22.


03. (FUVEST) A partir do "Poema retirado de uma notícia de jornal", leia as seguintes informações:
I. A originalidade e o aspecto inovador do poema são expressos especialmente por meio do tom de prosa narrativa e pela síntese de linguagem que faz lembrar o texto jornalístico.
II. O título do poema denuncia a intenção de se registrar de modo sucinto, objetivo e impessoal uma notícia.
III. Adotando o princípio modernista de que a arte deve ater-se ao cotidiano simples, banal, o poema focaliza um episódio corriqueiro relativo a uma única pessoa.

Pode -se afirmar que:

(A) todas as afirmações são corretas.
(B) somente a afirmação I é correta.
(C) somente as afirmações I e II são corretas.
(D) somente as afirmações I e III são corretas.
(E) somente as afirmações II e III são corretas.


04. (POLI) Ainda a respeito do "Poema tirado de uma notícia de jornal" e da proposta poética do autor, não podemos afirmar que:
(A) O poema assume apenas a proposta  de libertação da forma poética, em versos livres e brancos.
(B) A partir do título notamos uma proposta de redimensionar o assunto da poesia, uma vez que o cotidiano pode assumir uma dimensão poética, na medida em que é reinventado em linguagem e ritmo.
(C) O segundo verso do poema, iniciado pela construção uma noite, sugere que o que João Gostoso viveu naquela noite, Bebeu/ Cantou/ Dançou, foi uma exceção em sua rotina.
(D) Podemos entender que o tamanho do primeiro e do último versos do poema exprimem um grande número de dificuldades vividas pelo personagem e contrastam com os versos curtos Bebeu/ Cantou/ Dançou que apontam os momento de alívio como raros na vida dele.
(E) A omissão do número do barracão em que João Gostoso morava, confere a ele um caráter de personagem, tipo, isto é, representa várias pessoas que vivem em mesma situação.





OBS: AS RESPOSTAS QUE ESTÃO EM NEGRITO SÃO AS CORRETAS.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Poema: O Amor

3° exercício: Leia o poema abaixo de Fernando Pessoa e responda as questões abaixo:

O Amor


O amor, quando se revela,
 
Não se sabe revelar.
 
Sabe bem olhar p'ra ela,
 
Mas não lhe sabe falar.
 

Quem quer dizer o que sente
 
Não sabe o que há de *dizer.
 
Fala: parece que mente
 
Cala: parece esquecer
 

Ah, mas se ela adivinhasse,
 
Se pudesse ouvir o olhar,
 
E se um olhar lhe bastasse
 
Pr'a saber que a estão a amar!
 

Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
 
Fica sem alma nem fala,
 
Fica só, inteiramente!
 

Mas se isto puder contar-lhe
 
O que não lhe ouso contar,
 
Já não terei que falar-lhe
 

Porque lhe estou a falar..



1) O poema de Fernando Pessoa contem rimas?
R = Contem sim, em todos os parágrafos há pelo menos 1 verso.

2) O poema "O Amor" consiste em alguma repetição de frase?
R = Não consiste em nenhuma repetição, porém há frases bastante parecidas.

segunda-feira, 11 de março de 2013

2° exercício: Leia o texto abaixo e responda as seguintes perguntas:

Felicidade clandestina - Clarice Lispector


Clarice LispectorO Primeiro BeijoSão Paulo, Ed. Ática, 1996

"Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto enorme; enquanto nós todas ainda éramos achatadas. Como se não bastasse, enchia os dois bolsos da blusa, por cima do busto, com balas. Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria.

Pouco aproveitava. E nós menos ainda: até para aniversário, em vez de pelo menos um livrinho barato, ela nos entregava em mãos um cartão-postal da loja do pai. Ainda por cima era de paisagem do Recife mesmo, onde morávamos, com suas pontes mais do que vistas. Atrás escrevia com letra bordadíssima palavras como "data natalícia" e "saudade".
Mas que talento tinha para a crueldade. Ela toda era pura vingança, chupando balas com barulho. Como essa menina devia nos odiar, nós que éramos imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas, de cabelos livres. Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo. Na minha ânsia de ler, eu nem notava as humilhações a que ela me submetia: continuava a implorar-lhe emprestados os livros que ela não lia.
Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como casualmente, informou-me que possuía As reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato.
Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o. E completamente acima de minhas posses. Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria.
Até o dia seguinte eu me transformei na própria esperança da alegria: eu não vivia, eu nadava devagar num mar suave, as ondas me levavam e me traziam.
No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo. Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua a andar pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife. Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez.
Mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto da filha do dono de livraria era tranquilo e diabólico. No dia seguinte lá estava eu à porta de sua casa, com um sorriso e o coração batendo. Para ouvir a resposta calma: o livro ainda não estava em seu poder, que eu voltasse no dia seguinte. Mal sabia eu como mais tarde, no decorrer da vida, o drama do "dia seguinte" com ela ia se repetir com meu coração batendo.
E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Ela sabia que era tempo indefinido, enquanto o fel não escorresse todo de seu corpo grosso. Eu já começara a adivinhar que ela me escolhera para eu sofrer, às vezes adivinho. Mas, adivinhando mesmo, às vezes aceito: como se quem quer me fazer sofrer esteja precisando danadamente que eu sofra.

Quanto tempo? Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer. Às vezes ela dizia: pois o livro esteve comigo ontem de tarde, mas você só veio de manhã, de modo que o emprestei a outra menina. E eu, que não era dada a olheiras, sentia as olheiras se cavando sob os meus olhos espantados.

Até que um dia, quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo humilde e silenciosa a sua recusa, apareceu sua mãe. Ela devia estar estranhando a aparição muda e diária daquela menina à porta de sua casa. Pediu explicações a nós duas. Houve uma confusão silenciosa, entrecortada de palavras pouco elucidativas. A senhora achava cada vez mais estranho o fato de não estar entendendo. Até que essa mãe boa entendeu. Voltou-se para a filha e com enorme surpresa exclamou: mas este livro nunca saiu daqui de casa e você nem quis ler!

E o pior para essa mulher não era a descoberta do que acontecia. Devia ser a descoberta horrorizada da filha que tinha. Ela nos espiava em silêncio: a potência de perversidade de sua filha desconhecida e a menina loura em pé à porta, exausta, ao vento das ruas de Recife. Foi então que, finalmente se refazendo, disse firme e calma para a filha: você vai emprestar o livro agora mesmo. E para mim: "E você fica com o livro por quanto tempo quiser." Entendem? Valia mais do que me dar o livro: "pelo tempo que eu quisesse" é tudo o que uma pessoa, grande ou pequena, pode ter a ousadia de querer.
Como contar o que se seguiu? Eu estava estonteada, e assim recebi o livro na mão. Acho que eu não disse nada. Peguei o livro. Não, não saí pulando como sempre. Saí andando bem devagar. Sei que segurava o livro grosso com as duas mãos, comprimindo-o contra o peito. Quanto tempo levei até chegar em casa, também pouco importa. Meu peito estava quente, meu coração pensativo.
Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre iria ser clandestina para mim. Parece que eu já pressentia. Como demorei! Eu vivia no ar… Havia orgulho e pudor em mim. Eu era uma rainha delicada.
Às vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo.
Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante."














Agora responda as seguintes perguntas:
1)Quem é o protagonista?
R = Uma menina que adorava ler - uma "amante de livros" -  que queria um livro e  não tinha dinheiro para comprar.
2)Quem é o antagonista?
R = Uma menina cruel, cujo pai era dono de uma livraria, que não gostava de ler e que não queria emprestar nenhum de seus livros para ninguém.
3)Qual é o enredo?
R = Conta a história de uma menina bonitinha que queria muito um livro e que não podia comprar. A pessoa que ela conhecia, que tinha este livro, era uma menina ruiva, má e cruel que não gostava de ler os livros da livraria de seu pai e  que também não gostava de emprestar livros, principalmente para a menina que queria muito um determinado livro. A filha do livreiro fez um plano cruel para a menina que adorava ler. O plano era que a .menina que queria o livro ia todo o dia até a casa da menina ruiva, só que ela sempre voltava sem o livro para a casa. Até que um dia a mãe da menina ruiva descobriu e emprestou para a menina bonita, o livro que ela tanto queria, e disse que poderia ficar quanto tempo quisesse. A menina que adorava ler era uma "mulher com o seu amante".
4)Defina Felicidade Clandestina.
R = É alguma coisa que não pertence a nós, mas aproveitamos ao máximo enquanto temos.

sexta-feira, 1 de março de 2013

1° exercício: Após ler a notícia abaixo, converta-a e à transforme em uma poesia:
"A Polícia Civil de Guaratinguetá, a 182 quilômetros de São Paulo, anunciou na segunda-feira (21) que o laudo preliminar sobre a morte do ator Walmor Chagas, que morreu aos 82 anos na sexta-feira (18) com um tiro, comprova vestígios de pólvora na mão direita do ator, reforçando a hipótese de suicídio. O laudo foi apresentado com base no exame residuográfico nas mãos de Chagas e de seu caseiro, José Arteiro de Almeida. Apenas a mão direita do ator apresentou os resíduos.
De acordo com a delegada Sandra Vergal, para a conclusão do inquérito ainda são aguardados os laudos da necropsia e da perícia para verificar se o ator recebeu auxílio de alguma pessoa para cometer o suicídio. Chagas morava num sítio e parte da propriedade era usada como pousada. O corpo do ator foi cremado no sábado (19). As informações são do jornal O Estado de S.Paulo."




"Uma das seguranças mais importantes estava ali, em Guaratinguetá, em uma plena segunda-feira qualquer,
foi encontrado um grande ator, Walmer Chagas, falecido, no chão de seu sítio.
Na sua mão direita foi encontrado uma pista, pólvora,
que significava seu suicídio. 
Mas por quê?
A delegada, de uma das cidades mais famosas do mundo,
pensa que existe um ser por trás disso que possa ter o ajudado...
Esse grande ator morou num sítio.
Após acharem o corpo,
ele foi cremado,
e não foi mais falado de sua morte."